segunda-feira, 11 de abril de 2011

Marcas, lembranças e lágrimas.

As lágrimas teimam em cair. Por quê? Porque você resolveu ir e não me levar? As promessas que fiz e as que você fez... Nossas juras de amor, de nada valeram? Nada significam para você? Só sei sentar e chorar, olhando no chão suas pegadas, marcas na areia que machucam meu coração, que devoram o meu viver e só fazem ampliar a minha solidão.
    Engulo o choro. Respiro fundo. É difícil levantar a cabeça e seguir em frente sabendo que você não está mais aqui. Que foi embora e que não sei mais se vai voltar. É estranho saber que eu e você nunca mais poderemos ser nós. Suas palavras de amor hoje me soam como espinhos que me ferem, me sangram e doem. E dói no mais íntimo de minha alma lembrar-se do seu toque, do seu beijo... Lembrar do nosso amor que você prometeu ser eterno.
    As lembranças tão boas, hoje me dão apenas desgosto. Seu beijo que era doce se torna amargo como o fel. Seu toque caloroso agora é frio como a neve e lembrar-se de você, me enlouquece. Mas ao mesmo tempo em que tudo me faz mal, me faz bem, é estranha essa contradição. Seu beijo me dá saudades, seu toque me faz arrepiar e você, só me enlouquece de amor.
    Sua carta de adeus em minhas mãos e eu aqui, em prantos, esperando por um milagre, o milagre de sua volta. Será que este é possível? Será que deveria acreditar? Creio que não, mas meu coração contradiz a minha razão e eu espero. Espero pela volta da única mulher que fui capaz de amar e, no entanto, em meio às maiores felicidades ela é capaz de me dar também o maior desgosto: o abandono.

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