quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Para Manu Sarrans.


Ela passou meio que sem querer nada. O cabelo curto era levemente balançado pelo vento que, com a luz do sol, refletiam os tons negros do mesmo. Ele sorriu ao vê-la e logo se aproximou, tomando-a pela mão, com um fino sorriso nos lábios.
- Eu esperei por tanto tempo alguém, mas depois de te ver, não posso esperar mais ninguém. – O rapaz disse tudo olhando-a aos olhos, sem saber o porque, mas queria dizer a ela tudo o que não tinha dito a mais ninguém. – E em você encontrei tudo o que eu queria, sem nem saber o que quero.
Ela meio sem jeito, sorriu de volta para o rapaz, o rosto levemente ruborizado pelas palavras que acabara de ouvir. – Mas nem sabe quem sou eu e já diz tudo isso? – Disse meio duvidosa, logo retirando a mão dele.
- Não preciso saber de mais nada desde que pude ver a mais bela mulher, desde que pude ver a inocência no seu olhar, a leveza no seu andar e o amor no seu respirar.
- Mas mesmo vendo tudo isso, será que sou mesmo tudo o que quer? – Ela não sabia como reagir a tal situação, parecia ser apenas mais um homem a lhe querer, mas o coração dela palpitava forte, a primeira vez em toda sua vida.
- Se não fosse, porque estaria aqui? Acredita em amor a primeira vista? – Ele já se aproximava mais dela, sentindo já sua respiração misturar com a dela e imaginando já o seu futuro juntos.
- Acredito em amor a primeira vista, porque eu só estou te vendo agora. – Ela, ao vê-lo tão apaixonado e sentindo a sinceridade em suas palavras, não pôde conter que também tinha sido balançada por algo jamais experimentado por ela outrora, mas que sabia que queria viver cada minuto daquele sentimento.
- Então vamos juntos, lado a lado, rumando numa direção qualquer, porque com você eu me sinto mais seguro do que quero. – O rapaz pronunciou vagarosamente cada palavra, pensando bem em como colocá-las sem querer assustar a garota.
Passaram-se alguns segundos enquanto ambos se olhavam após uma conversa rápida, mas que havia dado para eles um resultado jamais esperado por qualquer ser humano. Um amor que começou de modo inesperado, mas que por ser tão impossível, era o mais real.
Os lábios logo foram se encontrando e dando espaço para um beijo longo. Os mesmos se encaixavam perfeitamente e ambos inclinavam a cabeça em sincronia, para deixar o beijo ainda mais saboroso. As línguas se encontravam entre voltas e mais voltas, os corpos já estavam colados e ambos só sabiam se amar naquele beijo inocente. Aos poucos o beijo foi cessando, terminando em diversos selinhos, alguns mais rápidos e outros mais demorados, queriam aproveitar um ao outro.
- Eu amo você. – Disse o rapaz, sorrindo, entre os selinhos.
- E eu também te amo. – Ela respondeu, ainda vergonhosa, mas sinceramente.

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